Pedrinho Matador vida do serial killer foi cercada de
violência e morte
https://youtu.be/LTS9jNsccXQ
A violência se apossou da sua vida ainda no ventre da mãe.
Depois de vários espancamentos que ela sofreu do marido, mesmo grávida, Pedro
Rodrigues Filho nasceu com uma fratura craniana em uma fazenda em Santa Rita do
Sapucaí, no Sul de Minas, no dia 17 de junho de 1954. O pai, Pedro Rodrigues,
que era lavrador à época, incluiu o menino ao lado da mãe como alvo de suas
agressões. A morte também entrou cedo para a sua vida. Aos 9 anos, ajudava o
avô em um matadouro de bois em Varginha, mesma região, local onde os animais
eram abatidos, esquartejados e onde os dois tinham o costume de consumir o
sangue dos bovinos. Essa foi a gênese do maior assassino em série brasileiro,
Pedro Rodrigues Filho, o Pedrinho Matador, que dizia ter vitimado mais de 100
pessoas e que foi assassinado em Mogi das Cruzes, em São Paulo, na manhã do
último dia 5.
Solto desde 2018, após cumprir 40 anos dos 128 a que foi
condenado - só no sistema prisional matou 47 pessoas -, contou em podcasts e
entrevistas que sentiu vontade de matar pela primeira vez aos 13 anos, quando
um primo de 26 anos o agrediu. Por vingança, o rapaz emboscou o parente e o
empurrou em uma moenda elétrica de cana, onde o braço da vítima acabou esmagado
e dilacerado pelas prensas de cana-de-açúcar.
Seu primeiro assassinato não tardou. Foi em Alfenas, na
mesma região, em 1968, quando o pai foi demitido por suspeita de roubar
mantimentos da dispensa de uma escola pública onde era vigia noturno. O
adolescente de 14 anos pegou uma espingarda e executou a tiros o vice-prefeito
da cidade, que teria sido o responsável direto pela demissão do pai. Não
satisfeito, ao saber das suspeitas de que outro vigia da escola seria o
verdadeiro ladrão, ele o espreitou e o matou a tiros no mês seguinte. Para não
ser preso, fugiu para a casa dos padrinhos, em uma favela de Mogi das Cruzes,
na Grande São Paulo.
O adolescente passou então a conviver com traficantes de
drogas locais e a dar vazão à sua violência nos conflitos territoriais das
gangues, onde afirma também ter matado, mas sem confirmação de sua autoria. Foi
nesse meio que conheceu uma viúva traficante, que tinha o apelido de Botinha.
Ao lado dela, seguiu com as atividades do tráfico e matou três ex-comparsas de
gangue. A mulher acabou morta em uma incursão da polícia, mas Pedro conseguiu
fugir. Já com fama de matador entre os traficantes, arregimentou mais
traficantes e assim começou com a sua própria boca-de-fumo, em São Paulo.
Ainda com 17 anos, conheceu a mulher que declarou ser o grande amor de sua vida, chamada Maria Aparecida Olímpia. A mulher engravidou, mas não chegou a dar a luz, pois um traficante rival, de alcunha "China", mandou matar os membros da gangue de Pedro. Ele não foi encontrado, mas ao retornar para sua casa, encontrou a amada fuzilada e jurou vingança.
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